O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) inicia 2025 com uma lista robusta de desafios e metas para o terceiro ano de seu mandato. Com a COP 30 marcada para novembro em Belém, ajustes econômicos no radar e uma agenda internacional intensa, o governo busca consolidar resultados e preparar terreno político para o futuro.
Ajustes econômicos e Banco Central
Com a troca no comando do Banco Central, Gabriel Galípolo assume no lugar de Roberto Campos Neto, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, miram medidas que incentivem a redução da taxa Selic e a valorização do real, impactando diretamente o crescimento econômico e a queda do desemprego.
Além disso, a proposta de uma nova tributação sobre renda, que prevê isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e maior taxação para altas rendas, deve ser encaminhada ao Congresso. A ideia é equilibrar o orçamento e fortalecer políticas sociais.
Reforma ministerial e estratégias eleitorais
Com as eleições de 2026 já no horizonte, Lula planeja uma reforma ministerial para melhorar a relação com o Congresso e reforçar alianças políticas. Partidos como PSD, MDB e União Brasil estão na mira do PT para garantir apoio tanto nas pautas legislativas quanto na corrida presidencial.
Segurança pública e PEC em debate
Outro foco do governo é o envio de uma proposta de emenda à Constituição (PEC) para ampliar a participação da União em políticas de segurança pública. A medida busca unificar esforços no combate ao crime organizado e estabelecer protocolos integrados entre as forças policiais.
COP 30 e meio ambiente em destaque
A conferência da ONU sobre o clima será realizada em Belém, com Lula na posição de anfitrião. O evento será uma vitrine para a política ambiental brasileira, incluindo o compromisso de zerar o desmatamento ilegal até 2030. Lula pretende pressionar países ricos a financiar iniciativas de preservação ambiental nos países em desenvolvimento.
Relações internacionais: Trump e Brics
O retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos exigirá de Lula uma postura pragmática. Apesar das diferenças ideológicas, o governo busca manter os EUA como um aliado estratégico. No cenário internacional, o Brasil também presidirá o Brics, com reuniões que prometem discutir comércio, tecnologia e desenvolvimento sustentável.
Comunicação e aprovação popular
Lula reconhece a necessidade de melhorar a comunicação do governo para reforçar a percepção positiva de suas políticas. Mudanças na equipe de comunicação estão previstas, com o objetivo de destacar conquistas econômicas, como a queda do desemprego e o crescimento do PIB.
Fonte: G1 Imagem Divulgação