O ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a afirmar, nesta segunda-feira (27), que é alvo de perseguição política e classificou como “loucura” as suspeitas de que teria planejado um golpe de Estado. “As acusações são terríveis. É uma situação extremamente grave”, declarou ao chegar em Brasília, onde voltou a criticar o inquérito conduzido pela Polícia Federal (PF) e a ausência do Ministério Público (MP) no processo.
Defesa contra acusações
Bolsonaro reforçou que sempre agiu dentro das “quatro linhas da Constituição” e negou qualquer envolvimento em planos de golpe. “Golpe de Estado é algo sério. Não se dá golpe com um general da reserva e meia dúzia de oficiais. Isso é loucura”, disse. O ex-presidente argumentou que, após um golpe, o Brasil enfrentaria isolamento global. “O mundo fecharia as portas para nós. No dia seguinte, como o país ficaria?”, questionou.
O ex-líder também afirmou que estudou medidas legais para lidar com a insatisfação popular, mas garantiu que a possibilidade de convocar as Forças Armadas ou tomar ações inconstitucionais nunca esteve em pauta.
Críticas ao processo
Bolsonaro questionou o formato do inquérito da PF e a falta de participação do Ministério Público. “O mesmo responsável por conduzir a investigação é quem conclui e condena. Isso não é normal”, criticou. Ele defendeu que a Procuradoria-Geral da República (PGR) tenha uma atuação mais ativa no caso. “Esperamos que o MP analise tudo com cautela e equilibre o processo”, declarou o advogado do ex-presidente, Paulo Amador da Cunha Bueno.
“Perseguição constante”
Bolsonaro classificou o cenário como uma perseguição contínua e garantiu que não participou de qualquer trama. “Nunca soube de plano algum. Sempre agi de forma transparente e dentro da legalidade. A palavra golpe nunca esteve no meu dicionário”, reiterou.
Segundo ele, qualquer tentativa fora da Constituição traria caos para o país. “É insano pensar nisso. Um golpe levaria o Brasil a uma crise diplomática e econômica sem precedentes. Essa ideia é uma loucura.”
Fonte CB Imagem divulgação