A Zona Norte do Rio de Janeiro foi palco de mais uma tragédia nesta terça-feira (5), com a morte do policial militar Marco Antonio Matheus Maia, de 37 anos. Lotado no 41º BPM (Irajá), ele foi alvejado por criminosos enquanto estava de folga na comunidade do Quitungo, em Brás de Pina. O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital.
Segundo informações da Polícia Militar, Marco Antonio estava dentro de seu veículo quando foi surpreendido por bandidos. Ele foi encontrado já sem vida dentro do carro, que, em um momento registrado pelo Globocop, foi solto ladeira abaixo por criminosos, colidindo contra muros de duas residências.
O agente, com 13 anos de serviço na corporação, deixa uma família e a sensação de luto e revolta entre colegas e moradores da região. O sepultamento ainda não foi definido.
Violência e represálias no Quitungo
A comunidade do Quitungo, onde o crime aconteceu, é uma área controlada pelo traficante Thiago do Nascimento Mendes, conhecido como Belão, ligado ao Comando Vermelho. No mesmo dia, ruas do entorno foram bloqueadas com barricadas em chamas e dois ônibus incendiados em represália a uma operação policial no Complexo da Penha.
A ação policial, ocorrida na manhã de terça-feira, mirava o chefe do tráfico Edgar Alves de Andrade, o Doca, responsável por ordenar invasões em favelas como Rio das Pedras. Até o momento, a polícia não confirma ligação direta entre o assassinato do PM e a operação.
Tensão no Complexo da Penha
A megaoperação policial na área causou o fechamento de escolas e postos de saúde, além de deixar feridos. No Quitungo, barricadas e ônibus queimados refletem a crescente tensão entre facções e forças de segurança, agravando a sensação de insegurança para os moradores.
Fonte: G1 Imagem: G1 divulgação