Ucrânia realiza ataque inédito contra a Rússia com mísseis de fabricação americana.

No marco de mil dias desde o início da guerra, a Ucrânia realizou uma ofensiva inédita nesta terça-feira (19), utilizando pela primeira vez mísseis de longo alcance fornecidos pelos Estados Unidos para atacar o território russo. O alvo foi uma fábrica na região de Bryansk, segundo o governo russo, em uma escalada significativa do conflito.

O ataque e suas implicações

Autoridades russas afirmaram que suas forças abateram cinco dos seis mísseis disparados, mas os destroços de um atingiram a base militar, sem causar vítimas. Kiev, por sua vez, relatou que a ofensiva atingiu um depósito de armas, resultando em explosões significativas. Embora a Ucrânia não tenha especificado os armamentos usados, fontes americanas confirmaram o uso dos Sistemas de Mísseis Táticos do Exército (ATACMS), com alcance superior a 300 km.

A decisão de liberar os mísseis foi tomada recentemente pelo presidente dos EUA, Joe Biden, após meses de deliberação em meio a preocupações sobre uma possível escalada no conflito. O Kremlin já classificou o ataque como uma provocação que pode transformar os EUA em combatentes diretos na guerra, alertando para retaliações.

Contexto do conflito

O ataque coincide com vigílias organizadas para marcar os mil dias de guerra, em um cenário que mistura resistência ucraniana e incertezas sobre o apoio ocidental. A vitória de Donald Trump nas eleições americanas adiciona mais um elemento de tensão, já que o ex-presidente promete encerrar a guerra rapidamente, embora sem detalhar como pretende alcançar esse objetivo.

Especialistas militares avaliam que, apesar da eficácia dos mísseis americanos em operações específicas, é improvável que sua utilização altere drasticamente o curso do conflito. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reconheceu os desafios em um discurso ao Parlamento, mas reafirmou sua determinação:

“Nesta fase da guerra, está sendo decidido quem prevalecerá: nós, ucranianos e europeus, ou o inimigo.”

Impactos da guerra

Desde a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022, liderada por Vladimir Putin, o conflito já resultou na morte de milhares de ucranianos, forçando mais de 6 milhões de pessoas a se refugiarem no exterior. O país sofreu uma redução de aproximadamente 25% de sua população. Este é considerado o maior conflito europeu desde a Segunda Guerra Mundial, com consequências devastadoras para a região e implicações globais.

Fonte: CNN Imagem: Divulgação

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