O desemprego continua caindo no Brasil: a taxa de desocupação ficou em 6,4% entre julho e setembro de 2024, a segunda menor registrada desde 2012. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), isso representa uma redução de 0,5 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e de 1,3 ponto em comparação ao mesmo período de 2023. Em números absolutos, a população sem emprego caiu para 7 milhões de pessoas, o menor patamar desde 2015.
A coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, afirma que a ampliação dos postos de trabalho em vários setores tem sido essencial para essa trajetória de queda.
Setores em alta
O Brasil bateu recorde de 103 milhões de trabalhadores ocupados. A indústria e o comércio foram os principais setores responsáveis pelo crescimento de postos, com uma expansão de 3,2% e 1,5%, respectivamente. Ao todo, mais 709 mil pessoas encontraram emprego nesses setores, com destaque para a criação de empregos com e sem carteira assinada no comércio e na indústria.
“Esse crescimento também aponta para mais empregos com carteira assinada, especialmente na indústria. No comércio, vemos um incremento também no emprego informal, mas ambos os setores ajudam a manter o nível de ocupação em alta,” explica Beringuy.
Mais brasileiros empregados com carteira assinada
No setor privado, o número de trabalhadores bateu o recorde de 53,3 milhões, com um aumento de 2,2% no trimestre e 5,3% no ano. Entre esses, 39 milhões possuem carteira assinada, enquanto 14,3 milhões trabalham sem registro formal. O setor público também registrou crescimento, especialmente entre servidores sem carteira, e alcançou 12,8 milhões de funcionários.
Rendimento e massa salarial em crescimento
A renda média dos trabalhadores no período foi de R$ 3.227, uma leve alta em relação ao ano anterior. A massa de rendimentos dos ocupados também cresceu 7,2% em um ano, alcançando R$ 327,7 bilhões, um reflexo do aumento do número de pessoas empregadas e da melhoria nos rendimentos.
Sobre a PNAD Contínua
O IBGE realiza essa pesquisa trimestralmente em mais de 211 mil domicílios, abrangendo cerca de 3.500 municípios. Após a pandemia, o instituto retomou a coleta presencial em julho de 2021, mas mantém opções para confirmação de identidade dos entrevistadores para maior segurança.
Fonte e Imagem : Agência Brasil