O fim de ano é sinônimo de celebração, união e, claro, uma ceia caprichada. Mas em 2024, preparar a mesa de Natal ou réveillon pode pesar mais no bolso. Um levantamento da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) revelou que itens tradicionais das festas subiram, em média, 12,4% em comparação com o ano passado, forçando famílias a buscarem alternativas para manter o espírito natalino sem comprometer o orçamento.
O que ficou mais caro?
Entre os alimentos que tiveram maior reajuste estão:
- Bacalhau: aumento de 18,4%, liderando o ranking.
- Pernil: 15,3%.
- Carne bovina: 13,5%.
- Lombo: 12,9%.
- Chester e peru também sofreram altas de 11,7% e 9,9%, respectivamente.
A cesta básica de fim de ano, composta por 10 produtos tradicionais, subiu de R$ 321,12 em 2023 para R$ 345,83 em 2024, representando um aumento de 7,7%. No Sudeste, o reajuste chegou a 8%, sendo influenciado principalmente pelo dólar e pelas queimadas, conforme explicou Marcio Millan, vice-presidente da Abras.
Como economizar na ceia?
A saída tem sido apostar em menus mais simples e criativos, como faz a enfermeira aposentada Solange Ribeiro, de 59 anos, que prepara ceias para 30 pessoas em Contagem, Minas Gerais.
“Escolho pratos simples, como arroz soltinho, farofa, maionese e frango comum. O segredo está no amor com que preparamos. Ninguém reclama e todo mundo aproveita”, conta.
Outra solução é buscar ingredientes menos tradicionais, mas igualmente saborosos, ou adaptar as receitas para reduzir custos e evitar desperdícios.
Alternativas veganas para diversificar o cardápio
Para quem quer incluir opções veganas, pratos ricos em leguminosas e cereais são uma aposta certeira. Além de agradarem a todos, são nutritivos e econômicos.
O chef Vitor Skif Brito, especialista em gastronomia, sugere algumas opções práticas e deliciosas:
- Salada fria de grão-de-bico ou feijão-fradinho com vegetais frescos, azeite e limão.
- Cuscuz marroquino ou quinoa com legumes assados, ervas frescas e finalização com castanhas ou nozes.
- Bolinhos de lentilha temperados com especiarias como páprica e cominho, que podem ser assados ou fritos.
Essas alternativas garantem uma ceia inclusiva e com um toque de criatividade, provando que é possível manter a tradição sem estourar o orçamento.
Fonte :O Tempo Imagem: Divulgação