Cesta básica em Campinas atinge R$ 754,55 com aumentos consecutivos
A cesta básica de Campinas (SP) alcançou R$ 754,55 em novembro, registrando o terceiro aumento consecutivo e o quarto maior valor da série histórica, de acordo com levantamento do Observatório PUC-Campinas. O principal vilão foi a carne, com alta contínua nos últimos seis meses, além de itens como óleo, batata e café, que também pesaram no orçamento.
A análise do Observatório revelou que a alta em Campinas acompanha o movimento registrado em 16 capitais monitoradas pelo DIEESE. A carne, que chegou a R$ 45,68 por quilo em novembro, acumula aumento de 18,08% desde maio, quando era vendida a R$ 37,56. Para quem precisa alimentar uma família de quatro pessoas, o custo com alimentação alcança R$ 2.263,64, considerando três cestas básicas.
Impacto no orçamento
O estudo indica que a cesta básica compromete 53,4% do salário mínimo (R$ 1.412). Esse impacto reflete o peso significativo da carne, que sozinha representa 36,3% do custo total da cesta.
Segundo o coordenador da pesquisa, professor Pedro Miranda Costa, os aumentos nos preços dos alimentos não são exclusivos de Campinas, mas parte de uma tendência observada em todas as capitais monitoradas pelo DIEESE. Ele destaca que 2024 foi marcado por uma aceleração da inflação, especialmente nos alimentos.
Produtos com maior variação de preço
A pesquisa apontou que, entre os 13 itens analisados, nove apresentaram alta significativa. Confira os destaques:
Maiores altas no acumulado de 11 meses:
- Café: +35,09%
- Óleo: +25,85%
- Leite: +21,32%
Produtos que ficaram mais baratos:
- Tomate: -31,54%
- Feijão: -2,80%
- Farinha: -1,42%
Sobre a pesquisa
O levantamento utiliza a metodologia do DIEESE e considera 13 itens básicos, como carne, leite, arroz, feijão, e outros, necessários para alimentar um trabalhador adulto por um mês. O estudo coleta dados em 28 supermercados de Campinas desde setembro de 2022, atualizando os valores mensalmente.
A análise reflete o impacto crescente da inflação nos alimentos, especialmente em itens como carne e óleo, que são essenciais para muitas famílias. O desafio, segundo os pesquisadores, é equilibrar o orçamento com a constante alta nos custos básicos.
Fonte: G1 Imagem: Divulgação