Capivaras de Campinas ganham “tatuagem” temporária para monitoramento após castração.

As capivaras do Parque Lagoa do Taquaral, em Campinas (SP), estão desfilando com um detalhe inusitado: uma “tatuagem” em formato de coração. Mas calma, não é arte corporal. Trata-se de uma raspagem de pelos feita durante a campanha de esterilização promovida pela prefeitura para controlar a população dos animais.

A medida é parte de um plano de manejo que busca reduzir o risco de transmissão da febre maculosa, doença associada ao carrapato-estrela, um conhecido parasita das capivaras. A “tatuagem” ajuda os especialistas a identificarem quais animais já passaram pela cirurgia, facilitando o acompanhamento no período de recuperação.

Como funciona o monitoramento

Segundo Rodrigo Pires, gestor ambiental e assessor do Departamento de Proteção e Bem-Estar Animal (DPBEA), a marca é temporária, desaparecendo em três a quatro meses, quando os pelos crescem novamente. Além disso, todas as capivaras estão sendo microchipadas para que possam ser monitoradas ao longo de toda a vida.

“A castração não só promove o bem-estar dos animais como também ajuda a diminuir o risco de transmissão da febre maculosa. É uma medida importante para saúde pública e preservação ambiental”, ressalta Pires.

Progresso do plano de manejo

Até o momento, 53 capivaras já passaram pelo procedimento, de um total estimado de 100 animais que vivem na Lagoa do Taquaral. O processo também inclui estratégias de captura, como a “ceva”, que atrai os animais com alimentos em horários e locais específicos.

O objetivo é alcançar cerca de 200 capivaras que habitam os principais parques da cidade, incluindo o Lago do Café, o Parque Ecológico e o Parque das Águas. No entanto, o prazo para conclusão do trabalho depende de fatores como condições climáticas e comportamento dos grupos de animais.

Os machos estão sendo submetidos à vasectomia, enquanto as fêmeas passam por uma salpingectomia, procedimento que remove as tubas uterinas.

A prefeitura reforça que a ação é essencial para o controle populacional e proteção dos animais, além de reduzir os riscos à saúde pública. “Temos grupos mais mansos, que são capturados rapidamente, e outros mais ariscos, que podem levar semanas. Tudo é feito com o máximo de cuidado para preservar o bem-estar dos animais”, explica Rodrigo Pires.

Fonte: G1 Imagem: Divulgação

COmpartilhe

Facebook
WhatsApp
X

RECOMENDAMOS PARA VOCÊ

Cidades

11 jan 2025

A noite de quinta-feira (9) em Americana (SP) foi marcada por uma cena inusitada: um jacaré foi encontrado em pleno

Cidades

8 jan 2025

A Prefeitura de Amparo (SP) anunciou nesta terça-feira (7) a demissão de uma professora da rede municipal acusada de agredir

Cidades

7 jan 2025

Quando se olha para os dados do sistema prisional da região de Campinas, o que se vê não é só

Cidades

6 jan 2025

A Justiça Eleitoral de Hortolândia (SP) determinou a cassação dos mandatos do vice-prefeito Carlos Augusto Cesar, o Cafú (PSB), e

Cidades

4 jan 2025

Quem depende de transporte público intermunicipal na Região Metropolitana de Campinas já pode preparar o bolso: a partir da próxima

Cidades

2 jan 2025

A Justiça de São Paulo decidiu que o uso de galinhas-d’angola como método para controle de escorpiões não é permitido