O governo federal decidiu dar um novo destino às moedas jogadas nos espelhos d’água dos palácios presidenciais em Brasília. A partir de agora, o dinheiro lançado por visitantes durante as visitas aos Palácios do Planalto e da Alvorada será recolhido a cada seis meses e transferido ao Tesouro Nacional. A medida foi oficializada em uma portaria publicada nesta quinta-feira (19) no Diário Oficial da União.
O que muda?
A ideia é contabilizar os valores e destiná-los ao caixa da União por meio de uma Guia de Recolhimento da União (GRU). Embora o montante não tenha o potencial de causar um impacto relevante nas contas públicas, a ação representa mais um gesto simbólico em tempos de contenção fiscal.
Além disso, a portaria traz regras específicas para o recolhimento. Moedas que tenham valor histórico, cultural ou artístico serão enviadas ao Museu de Valores do Banco Central para uma destinação apropriada. Já as moedas estrangeiras serão convertidas em reais, sempre que possível, e adicionadas ao montante que será repassado ao Tesouro Nacional.
Histórico da arrecadação
Em dezembro de 2022, a então primeira-dama Michelle Bolsonaro mandou recolher moedas do espelho d’água do Palácio da Alvorada. Na ocasião, o valor somou R$ 2.213,55 e foi doado a uma instituição de caridade, já que não havia uma regra oficial para a destinação desse dinheiro. Agora, com a nova portaria, a destinação desse recurso passa a ser padronizada.
Transparência na arrecadação
A Casa Civil informou que os valores arrecadados e o destino do dinheiro serão divulgados periodicamente no site oficial da Presidência e no portal de dados abertos. A medida reforça o compromisso com a transparência no uso desses recursos, mesmo que representem apenas um pequeno gesto no contexto da administração pública.
Curiosidade ou economia?
Apesar da novidade, especialistas afirmam que o valor arrecadado dificilmente terá impacto significativo na economia nacional. Ainda assim, a medida busca trazer organização e propósito a uma prática comum entre visitantes dos palácios presidenciais, que têm como tradição atirar moedas em espelhos d’água como forma de pedir sorte.
Fonte: G1 Imagem: Divulgação