Meta anuncia parceria com Trump e mudanças radicais nas redes sociais: entenda o impacto.

A Meta, gigante por trás do Facebook, Instagram e WhatsApp, pegou todo mundo de surpresa ao anunciar, nesta terça-feira (7), que vai se unir ao governo de Donald Trump para enfrentar países que regulam plataformas digitais. O CEO Mark Zuckerberg afirmou que a empresa pretende “pressionar governos que buscam censurar empresas americanas” e destacou que os Estados Unidos precisam liderar essa frente para conter uma “tendência global de censura”.

O que muda nas redes sociais?

Zuckerberg anunciou uma série de mudanças nas políticas de moderação de conteúdo:

  • Fim do programa de checagem de fatos: as publicações não serão mais verificadas por agências independentes. Em vez disso, serão aplicadas “notas da comunidade”, onde os próprios usuários podem adicionar informações extras sobre um post, semelhante ao modelo do “X” (antigo Twitter).
  • Liberação de conteúdos sensíveis: as restrições sobre postagens relacionadas a migração e gênero serão removidas.
  • Retorno de postagens políticas: após reduzir a recomendação de conteúdo político, a Meta planeja retomar essas postagens com força total.
  • Mudança de base: a equipe de moderação da Meta será transferida da Califórnia para o Texas, onde há menos restrições regulatórias sobre controle de conteúdo.

Por que isso importa?

Bruna Santos, especialista em direito digital, comentou que a decisão representa um alinhamento claro com a agenda do governo Trump e pode gerar um ambiente online com mais desinformação e discursos problemáticos. “A moderação de conteúdo não é censura, mas uma forma de tornar o ambiente digital mais seguro e confiável”, afirma a especialista.

Ela alerta que, com o fim das checagens, a tendência é que informações sem contexto ou distorcidas se espalhem mais facilmente. “Estamos diante de um possível retrocesso na integridade das redes, o que pode privilegiar agendas políticas em vez de informação de qualidade.”

Um cenário preocupante

Segundo a Meta, as mudanças visam garantir mais liberdade de expressão, mas críticos apontam que isso pode ampliar o alcance de fake news e prejudicar a confiança nas plataformas. Zuckerberg também destacou que a empresa pretende atuar ao lado de aliados republicanos em uma campanha global contra regulações digitais que ele considera autoritárias.

A decisão de mover a equipe de moderação para o Texas foi vista como uma estratégia para driblar legislações mais rígidas da Califórnia, conhecida por políticas mais firmes de controle sobre conteúdos nocivos na internet.

E agora?

As mudanças anunciadas já começaram a ser implementadas nos EUA e devem chegar ao Brasil em breve. Resta saber se essa “volta às origens” da Meta vai entregar mais liberdade ou apenas ampliar a polarização e a desinformação.

Fonte: Agência Brasil Imagem: Divulgação

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