Proposta apresentada pelo Unicef busca combater abandono escolar e redefinir o ensino com foco na inclusão.

Um novo modelo educacional que elimina a reprovação de estudantes foi o destaque do seminário Desafios e Experiências da Educação no Nordeste, realizado em Natal (RN) na última terça-feira (10). O evento, organizado pela Secretaria de Educação, Esporte e Lazer do Rio Grande do Norte, reuniu representantes do governo federal, estaduais e especialistas em educação, com apoio do Unicef e do Instituto Cultiva.

A oficial do Unicef, Erondina Silva, enfatizou a importância de combater a distorção idade-série, que afeta mais de 4,3 milhões de alunos no Brasil. Segundo ela, a reprovação alimenta um ciclo de fracasso escolar que impacta, principalmente, estudantes do Norte e Nordeste, além de populações negras, indígenas e de baixa renda.

O Programa Avexadas para Aprender

O evento trouxe como exemplo o programa Avexadas para Aprender, implementado no Rio Grande do Norte com apoio do Unicef, Undime e Itaú Social. O objetivo é reduzir o desânimo dos estudantes diante de dificuldades acadêmicas e evitar a evasão escolar.

Segundo Erondina, a reprovação ainda é naturalizada no Brasil, endossada até por famílias que acreditam que a repetência será benéfica para os filhos. “Essa cultura precisa mudar. O programa busca oferecer uma segunda chance e motivar os alunos a continuarem seus estudos, mesmo diante de adversidades”, destacou.

Com iniciativas voltadas para alfabetização, multiletramento e inclusão digital, o programa já tem impactado as práticas escolares. Além de melhorar a interação entre professores e alunos, o projeto propõe metodologias mais flexíveis e inclusivas, alinhadas às novas realidades digitais.

Bahia Traz Jornalismo para as Escolas

Outro exemplo de inovação foi apresentado pela Bahia, com o projeto Agência de Notícias na Escola, que incentiva o pensamento crítico e a cidadania por meio da produção de notícias. Com financiamento da Secretaria de Educação do estado e do Instituto Anísio Teixeira, as escolas participantes recebem recursos para equipamentos, enquanto alunos e professores são treinados para criar conteúdos jornalísticos.

Charlene de Jesus, professora e coordenadora do projeto, compartilhou que a iniciativa já inspirou jovens a considerar o jornalismo como carreira, além de abordar temas como fake news, mercado de trabalho e exames como o Enem. “A troca de experiências com os estudantes é incrível. Eles produzem conteúdo para sua comunidade, ampliando o impacto da educação”, afirmou.

Transformação na Educação

Os projetos apresentados em Natal exemplificam como metodologias inovadoras podem transformar a experiência educacional. Ao substituir a reprovação por estratégias que valorizam o aprendizado contínuo, programas como Avexadas para Aprender e Agência de Notícias na Escola mostram que é possível combater desigualdades educacionais e criar um ambiente mais inclusivo para todos os estudantes.

Fonte: Agência Brasil Imagem: Divulgação

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